Descubra a verdade por trás desse clichê

 

Em muitos filmes românticos e livros de histórias, encontramos a famosa afirmação de que “os opostos se atraem”.

Com certeza essa é uma ideia romântica e intrigante, mas será que essa expressão tem validade no mundo real?

A verdade é que, na maioria dos casos, os opostos não se atraem, pelo contrário, eles se repelem.

O que veremos neste artigo é que desmistificará a ideia romântica de que pessoas diferentes são capazes de se completar.

 

Entenda o conceito de atrair e repelir

 

Na física aprendemos que os polos norte e sul de um imã tendem a se juntarem numa força de atração recíproca que um exerce sobre o outro e talvez, daí tenha vindo a ideia de que os opostos se atraem também com as pessoas.

Essa já não é uma verdade quando falamos de biologia, onde este conceito já não se aplica, pois a tendência é que animais da mesma espécie e com características parecidas se atraiam.

Para entender essa questão de forma mais aprofundada, vamos começar definindo o que realmente queremos dizer quando falamos sobre ser “oposto” a alguém.

Geralmente, estamos nos referindo a pessoas que possuem características, personalidades ou interesses totalmente diferentes. Por exemplo, uma pessoa extrovertida em contraste com alguém introvertido, um entusiasta de atividades físicas comparado a um sedentário ou até mesmo um vegano e um carnívoro.

Embora essas diferenças possam gerar atração inicialmente, com o tempo elas tendem a se tornar fontes de conflito e frustração.

 

Relacionamento pressupõe compatibilidade

 

A compatibilidade é um fator crucial em qualquer relacionamento duradouro. É muito mais fácil conviver e se relacionar com alguém que compartilha dos mesmos valores, interesses e objetivos de vida.

Quando existem bases em comum, cria-se um alicerce sólido para a relação e aumentam-se as chances de construir um relacionamento saudável.

Por outro lado, quando duas pessoas são completamente diferentes, a probabilidade de uma série de situações em que as opiniões e preferências entrem em conflito é maior. Por exemplo, se uma pessoa adora sair e socializar e a outra prefere ficar em casa e dedicar-se a momentos de tranquilidade, pode haver tensões constantes difíceis de superar.

Além disso, quando as personalidades são muito distintas, pode ser difícil compreender e se relacionar com o outro.

Diferenças na forma de se comunicar, nos valores e nos modos de pensar podem levar a mal-entendidos e desgastes emocionais.

 

Conviver é aprender juntos um com o outro

 

É importante ressaltar que existem casos em que as diferenças são complementares e podem fortalecer o relacionamento. Por exemplo, uma pessoa mais extrovertida pode ajudar a outra a sair da zona de conforto e se abrir para novas experiências. No entanto, esses casos são exceções e não a regra.

A chave para um relacionamento saudável é encontrar um equilíbrio entre as semelhanças e as diferenças. Ao compartilhar interesses e objetivos similares, é mais fácil criar uma conexão sólida e duradoura.

No entanto, algumas diferenças podem ser bem-vindas, desde que ambas as partes estejam dispostas a aceitar e compreender o outro.

Portanto, ao contrário do clichê romântico, os opostos não se atraem com frequência. É mais provável que pessoas com semelhanças e compatibilidades sejam atraídas umas pelas outras e construam relacionamentos mais sólidos.

A busca por um parceiro que compartilhe dos mesmos valores e interesses pode levar a uma relação mais harmônica, na qual ambos possam se desenvolver e crescer juntos.

 

Prazeroso é estar com alguém que queira caminhar ao seu lado

 

No final das contas, não adianta encontrar alguém que seja totalmente oposto a você. É melhor encontrar alguém que esteja disposto a caminhar ao seu lado, compartilhando a mesma direção e afeto.

Essa é a verdadeira base para um relacionamento amoroso e duradouro.

As diferenças podem até trazer um pouco de tempero e diversidade para a relação, mas é fundamental estabelecer um terreno comum.

Dividir interesses, hobbies e valores semelhantes permite que o casal possa aproveitar a companhia um do outro de forma mais intensa.

Ao conhecer alguém que compartilha dos mesmos valores e possua uma visão de mundo alinhada com a sua, as chances de sucesso no relacionamento são maiores.

Engajar-se em atividades que ambos gostem, trocar experiências e ter metas em comum ajudam a criar uma conexão mais profunda e duradoura.

É claro que sempre haverá pequenas diferenças entre duas pessoas, até mesmo entre dois indivíduos parecidos. Entretanto, quando essas divergências se tornam muito grandes, a convivência pode se tornar complicada.

Imagine um casal em que um ama música clássica e o outro prefere o rock. Por mais que haja respeito, essa diferença de gosto pode gerar momentos de desconforto e dificuldades na hora de decidir sobre qual estilo de música ouvir juntos.

O mesmo princípio pode se aplicar para ideologias políticas, imaginem no Brasil atual, alguém que se declare lulista se relacionando com uma pessoa bolsonarista. Ambos precisarão exercitar muito a tolerância e a diversidade de ideias, sobretudo neste momento de polarização política extrema.

 

Opostos podem gerar relacionamentos abusivos

 

Com o passar do tempo, duas pessoas que tenham personalidades e gostos muito diferentes tendem a viver em constante tensão e é fato que em relacionamentos desse tipo, para que se mantenham um dos dois sempre terá que ceder.

O grande problema é que a medida que num relacionamento assim somente uma parte cede, a tendência é de que a outra parte comece a se sentir confortável e “dona” da situação e isso pode levar a abusos.

Segundo estudos voltados ao comportamento de casais, pessoas que vivem relacionamentos abusivos tendem ter perfil comportamental geralmente oposto ao do parceiro abusador e que pode transformar o relacionamento num verdadeiro inferno.

Daí a importância de antes de duas pessoas decidirem dividir uma casa e viver juntas, haver um tempo razoável de namoro, onde cada um naturalmente vai mostrando exatamente sua essência, pois é comum que n início de qualquer relação as pessoas mostrem ao outro somente o melhor de si.

Com o passar do tempo, as camadas superficiais de cada um vai saindo e a tendência é de que a essência aflore e é essa essência que mostra realmente quem as pessoas são de verdade.

 

Construa um relacionamento saudável

 

A verdade é que, ao procurar por uma pessoa para compartilhar a vida e construir um relacionamento sólido, os opostos podem não ser a melhor escolha.

A harmonia, o respeito e a admiração mútua são muito mais importantes para a saúde do relacionamento do que encontrar alguém completamente diferente de você.

Não existe uma fórmula mágica para determinar se um relacionamento será bem-sucedido ou não. Cada casal é único e encontra suas próprias maneiras de se relacionar e enfrentar as adversidades.

No entanto, é importante ter em mente que a compatibilidade e a similaridade, em vez de diferenças extremas, têm maior probabilidade de proporcionar um relacionamento equilibrado e feliz.

Dito isso, não devemos descartar a ideia de que pessoas com características opostas possam se apaixonar e construir uma relação sólida. Afinal, é a diversidade que nos faz crescer e aprender com o outro.

Mas é necessário que ambas as partes estejam dispostas a desenvolver a empatia, a paciência e a capacidade de compreender as diferenças e encontrar formas de superar os obstáculos.

Portanto, ao invés de procurar deliberadamente por um polo oposto para se relacionar, talvez seja mais sábio encontrar alguém que compartilhe do mesmo equilíbrio e que esteja disposto a caminhar lado a lado, construindo uma vida juntos, baseada em respeito, amor e empatia.

 

Definitivamente, os opostos não se atraem

 

Em última análise, o ditado de que “os opostos se atraem” pode ser charmoso nos romances e filmes, mas na realidade, é mais provável que relacionamentos duradouros sejam construídos em bases de similaridades e compatibilidades, trazendo uma maior harmonia e felicidade para ambas as partes envolvidas.

Afinal, a busca por um relacionamento saudável e feliz deve priorizar a conexão genuína e a afinidade entre as pessoas, em vez de buscar opostos que possam gerar problemas e desgastes.